Esse primeiro registro é fruto de uma dinâmica na qual os alunos foram divididos em dois grupos. O grupo A deveria fornecer ‘Palavras-Problema’ e o Grupo B ‘Palavras-solução’, sobre o tema Meio Ambiente. As palavras (ou conceitos) foram anotadas e os alunos produziram os textos com base nessas palavras. No dia da leitura dos textos, é sempre muito agradável observar como os alunos interagem, apreciam os trabalhos uns dos outros, complementam idéias, criando um ambiente construtivo de aprendizagem.
Imagem: Cataratas do Iguaçu
(foto feira por mim, em março de 2007)
A parcela de cada um - Regina Claret Kapp dos Santos
Se olharmos ao redor, para o mundo em que vivemos, iremos nos deparar com uma situação preocupante: poluição do ar, agressão à camada de ozônio, devastação e queimadas de florestas, lixo cumulativo, desperdício de água e energia elétrica, caça e pesca predatória, isto em relação ao meio ambiente e ao que ele nos oferece.
Poderíamos, ainda, lembrar em nível dos seres humanos: desigualdades sociais, miséria, descaso com a saúde pública, falta de educação e segurança, a desintegração das famílias, desemprego, abandono de crianças, etc.
Tudo isso nos leva a questionar:
- Temos alguma parcela de culpa em toda esta situação?
- Mudando de atitudes, poderemos, ainda, pensar em reverter a situação?
A meu ver, sim!
A parcela da colaboração de cada um, a partir da consciência de compromisso mútuo, social e atuante, num processo educacional permanente, com a participação dos agentes políticos, tudo poderá transformar-se, não de imediato, mas aos poucos.
Através do tratamento e bom uso da água, do reflorestamento constante, da reciclagem do lixo, do cuidado com os animais, da sensibilidade para criar oportunidades de crescimento para as classes menos favorecidas, oportunidades de trabalho, de formação educacional, do cuidado preventivo e permanente com a saúde de todos, desde a concepção, gestação, nascimento e crescimento de cada ser, proporcionando dignidade e bem estar por toda a sua vida, até chegar a uma velhice estável e respeitada.
O tempo não pára. O momento presente nos preocupa, sim, mas quer nos desinstalar para fazermos a nossa parte; o nosso futuro, e de nossos descendentes, está aqui e agora: em nossas mãos!
- Temos alguma parcela de culpa em toda esta situação?
- Mudando de atitudes, poderemos, ainda, pensar em reverter a situação?
A meu ver, sim!
A parcela da colaboração de cada um, a partir da consciência de compromisso mútuo, social e atuante, num processo educacional permanente, com a participação dos agentes políticos, tudo poderá transformar-se, não de imediato, mas aos poucos.
Através do tratamento e bom uso da água, do reflorestamento constante, da reciclagem do lixo, do cuidado com os animais, da sensibilidade para criar oportunidades de crescimento para as classes menos favorecidas, oportunidades de trabalho, de formação educacional, do cuidado preventivo e permanente com a saúde de todos, desde a concepção, gestação, nascimento e crescimento de cada ser, proporcionando dignidade e bem estar por toda a sua vida, até chegar a uma velhice estável e respeitada.
O tempo não pára. O momento presente nos preocupa, sim, mas quer nos desinstalar para fazermos a nossa parte; o nosso futuro, e de nossos descendentes, está aqui e agora: em nossas mãos!
Poluição Visual - Silvia Galvani
Quando o assunto é poluição, dificilmente as pessoas se lembram da poluição visual. Mas, o que é poluição visual? Em áreas urbanas, é a proliferação indiscriminada de outdoors, cartazes, formas diversas de propagandas e outros fatores que causam prejuízos estéticos à paisagem urbana local.
Diariamente, deixam em nossas casas os mais variados tipos de propagandas, que, se não recolhidas de imediato, o vento se encarrega de espalhá-las pelas ruas e avenidas, e enfeiam a nossa cidade.
O que não dizer do lixo que pessoas mal educadas jogam quando passam de carro ou passeiam, despreocupadas, olhando as vitrines, ou ainda, nos pontos de ônibus?
Dias atrás, esperava pelo ônibus, num ponto central e de grande movimento, quando deparei com toda espécie de sujeira deixada debaixo do banco - ali colocado para que os usuários dos coletivos não se cansem, ao esperar por eles. Não vi nenhum recipiente onde pudessem colocar toda aquela imundície. A moça encarregada da limpeza, pedindo licença, varria os restos ali esquecidos.
Poderia, ainda, citar outros fatores causadores de poluição visual, como bem mostra a foto que ilustra essa crônica, tirada para trabalho escolar, e que retrata o lixo colocado pela vizinhança muito antes do horário previsto para recolhimento.
É preciso que uma mobilização de todos os cidadãos e governantes, cada um fazendo a sua parte, conscientizando as pessoas sobre seus direitos e deveres. Só assim, nossa cidade será um belo cartão de visitas para os que aqui chegam.
Meio Ambiente - Natália Genari Krügner
Além dos problemas pessoais, familiares e outros, ainda temos problemas ambientais, com os quais convivemos diariamente.
Quem causa tais problemas? Já parou para pensar quantas vezes poluímos o meio ambiente, do qual dependemos para viver?
Vejamos: você devasta a mata, tira madeira da sua “Floresta”, coloca fogo onde não deve?
Claro que não!
Mas, certamente polui o ar com aerossóis, com fumaça de cigarro, pisa na grama, joga lixo nas calçadas e outros lugares públicos, pela janela do carro; gasta mais água do que deveria, não utilizando esse recurso de modo adequado, entre outras coisas.
Já parou para pensar? Então, pare agora. Comece a agir com consciência, se reeducando e, melhor ainda, sendo um bom exemplo para todos os que utilizam o mesmo ambiente que você!
Concluindo, nós nos vangloriamos em estabelecer regras, mas as esquecemos muito rapidamente e violamos as mesmas.
“Eu só peço a Deus que o futuro não me seja indiferente” - Célia Maria Cestaro Christofoletti
Vejamos: você devasta a mata, tira madeira da sua “Floresta”, coloca fogo onde não deve?
Claro que não!
Mas, certamente polui o ar com aerossóis, com fumaça de cigarro, pisa na grama, joga lixo nas calçadas e outros lugares públicos, pela janela do carro; gasta mais água do que deveria, não utilizando esse recurso de modo adequado, entre outras coisas.
Já parou para pensar? Então, pare agora. Comece a agir com consciência, se reeducando e, melhor ainda, sendo um bom exemplo para todos os que utilizam o mesmo ambiente que você!
Concluindo, nós nos vangloriamos em estabelecer regras, mas as esquecemos muito rapidamente e violamos as mesmas.
“Eu só peço a Deus que o futuro não me seja indiferente” - Célia Maria Cestaro Christofoletti
Quando leio notícias sobre agressão violenta ao meio ambiente, como a devastação de grandes áreas de florestas, a mortandade de peixes, porque os rios estão tomados pela poluição. Quando vejo noticiários que falam de enchentes e pessoas sofrendo as conseqüências desse descompasso entre progresso, prevenção e cuidado temo pelo futuro.
Pelo amor que tenho à vida, à natureza, à humanidade, não posso ficar indiferente ao futuro que nos espera. E, penso que a tristeza e a indignação não bastam. É preciso ATITUDE.
Se, na minha rotina diária, evito desperdício de água, fico atenta ao uso e abuso de embalagens, se reciclo o lixo doméstico, se converso com as pessoas, trocando idéias sobre como contribuir para melhorar o meio ambiente, estou tendo ATITUDE.
Mas, sinto que é preciso mais, e estou pronta a dar esse passo. Procuro estar sempre informada e atenta ao tema, procurando envolver outras pessoas nessa caminhada.
O Ontem e o Hoje - Licia Mônaco Perin
O trem sacolejava e batia como um martelo em minha cabeça. Que dureza! Só a lembrança da beleza das belas praias de Santos amenizava o mal-estar que me embrulhava o estômago, provocando náuseas. Que dureza!
Olho para a paisagem que passa devagar. Linda! Verdinha, verdinha! Levava-me a sonhar acordada. É fácil, aos doze anos, ser personagem dos livros de Tarzan: já no quintal de casa eu ‘exercitava’, pulando de galho em galho, na velha goiabeira.
O cheiro da mata vem até mim – é do sonhar, ou é real? Olho novamente pela janela do trem: sem clareiras de destruição a mata impera, magnífica! Uma ou outra casa de caboclo, rodeadas de palmeiras, sem lixo, sem poluição do ar, Fogo? Nem vestígio.
Hoje, sessenta e seis anos depois, cadê a mata? A singeleza da convivência primitiva do ‘caipira’ se foi. Indústrias ocuparam o lugar do verde, a fumaça esconde as nuvens que, antigamente, brincavam ao sabor do vento. Sumiram as pequenas cachoeiras.
Que alto o preço a pagar pelo progresso! Desmatamento, lixo, água e ar poluídos. Meu estômago se embrulha, outra vez. E não foi pelo balanço do trem! Que triste, pertencer à espécie humana!
Lembranças da vida na fazenda - Adelaide Dalva Tivelli Garbuio
Lembranças da vida na fazenda - Adelaide Dalva Tivelli Garbuio
Nasci em Analândia, que, na época, fazia parte do município de Rio Claro. Sou filha de italianos; meu pai se chamava Alfredo Tivelli e minha mãe, Filomena Somaio. Nasci na Fazenda Santa Glória, onde meu pai trabalhava como administrador.
Após o nascimento de meus irmãos e irmãs, meus pais compraram uma chácara em Analândia que, naquela época, era chamada de ‘Anápolis’. Éramos quatro irmãos e quatro irmãs.
Quando vivíamos na chácara, começamos a ir à escola, todos aprendemos a ler e escrever.
Na frente da chácara, passavam os tropeiros, que sempre eram acolhidos, de forma hospitaleira, pelo meu pai, Alfredo. Depois eles seguiam para a Fazenda Santa Maria da Glória.
Relembro que, o comerciante de Analândia, naquela época, era o Sr. Emílio Beltrati, cuja família vive até hoje em Rio Claro.
Recordo, também, o nome da escola que freqüentávamos, eu e meus irmãos: Escola José Neto. Lembro-me que levávamos os lindos caquis que frutificavam em nossa chácara para a escola, e os trocávamos por pão, com os colegas. A professora, chamada Alice Beluzzo, gostava muito dos caquis.
Guardo a lembrança dos meus irmãos tocando violão, no moinho de fubá, assim ouvíamos as músicas do nosso tempo. Meus avós, Adriano e Marietta, estiveram juntos a nós até que Deus os levou.
Essas recordações ainda estão no meu pensamento. E me dão certeza de que fomos muito felizes.
Bacia Hidrográfica do Corumbataí - Rosemarie Brunhild Grassmann Bobbo
Você, homem, mulher ou criança, é obra-prima do Criador. Que o fez guardião da Terra.
Este planeta é a sua herança, bem como seu legado. Envolvendo-o com paz, inundando-o com amor, preserve sua natureza, que Deus criou para você valorizá-la com seu serviço.
Proteger e defender o meio ambiente consiste em diminuir o sofrimento, cuidar da saúde e salvaguardar as espécies de plantas, aves, animais em geral, e de toda a raça humana.
Um pequeno exemplo: a bacia hidrográfica do Rio Corumbataí. Ela se localiza na porção centro-leste do estado de São Paulo, abrangendo os municípios de Analândia, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Charqueada, Rio Claro, Santa Gertrudes e Piracicaba.
Possui uma área de 170.775,6 hectares; são 63,72km de extensão, no sentido norte-sul, e 26,80km de extensão no sentido oeste-leste. Seus principais rios são: Corumbataí (130 km de extensão); Passa-Cinco (60 km); Ribeirão Claro (43 km) e Cabeça (28 km).
Suas águas servem para o abastecimento de cerca de 600.000 (seiscentas mil) pessoas, sendo 100% do abastecimento de Rio Claro e Piracicaba. Estes rios se encontram assoreados, com excesso de areia em seus leitos, ocasionado pela falta de mata ciliar em suas margens. Assim, partículas de solo são carregadas pelas águas das chuvas até os leitos dos rios.
Os rios Ribeirão Claro e Corumbataí, além de assoreados, encontram-se com lançamento de esgoto in natura. Isto é, são resíduos sólidos e líquidos, oriundos de indústrias e de residências, além de parte do lodo produzido nas estações de tratamento de água (ETA), os quais são lançados nos rios criminosamente.
Calcula-se que a bacia hidrográfica do rio Corumbataí possua, hoje, um déficit de sessenta e três milhões de árvores nativas, o que corresponde a uma área aproximada de trinta e sete mil hectares.
A precipitação média, anual, entre 1973 e 1999, foi de 1.055 mm, e a vazão média mensal do rio Corumbataí, após receber todos os seus afluentes, foi de 15,9m3/segundo. A máxima vazão mensal foi de 168m3/segundo, conforme informações que datam de 1995.
Dados do ano 2000, sobre o uso e cobertura do solo na bacia hidrográfica do rio Corumbataí mostram que, do total de 170.777,6 hectares, 25,5% estão ocupados por cana-de-açúcar; 43,6% estão ocupados por pastagens; a área urbana ocupa 2,74%; a floresta plantada ocupa 7,3%; a floresta nativa ocupa 11,1% e o cerrado 1,2%.
Frase Indígena:
“Depois que a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for envenenado, vocês perceberão que o dinheiro não se come.”
“A natureza não perdoa nunca” - Geni Deolinda Bizzo
Na minha infância, era comum formarmos uma roda em frente à casa de madeira onde um gramado amaciava nossos pés descalços para ouvirmos nosso pai que, apesar do pouco estudo, nos transmitia muita sabedoria.
Sob a luz da lua, ou quando a dama da noite teimava em se esconder, sonhávamos com um futuro risonho que naquele momento nos parecia longe demais. Observávamos isso porque meu pai, nessas prosas, às vezes desanimado com os rumos do nosso país, gostava de citar o baiano Rui Barbosa em sua poesia (mais atual do que nunca) Sinto Vergonha de mim que, em seus versos finais, diz: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra a ter vergonha de ser honesto”
Vai longe esse tempo, mas parece que foi ontem.
Dia desses, zapeando na TV, chamou-me a atenção um vídeo do conhecido – mas não reconhecido – poeta e compositor Rolando Boldrin que, com sua bela interpretação e muitas lágrimas, apresentou esse poema famoso.
A apresentadora do programa, aproveitando a brecha, desfiou um rosário de queixas para seu auditório fiel, e fez-se porta-voz de muitos brasileiros que não conseguem verbalizar sua revoltas, mas que sentem na pele os desmandos dos nossos governantes.
Fiquei meditando e, a princípio, achei mais uma ação oportunista comum nesses programas. Depois, pensando bem, concluí que essa é uma maneira do povo de se manifestar (são os fins justificando os meios). Felizmente estamos numa democracia e podemos soltar nossa voz, fazer valer nossos direitos. Não é uma tarefa fácil, mas estamos nos engajando mesmo que timidamente.
Várias questões são levantadas nos debates promovidos pelos meios de comunicação ou em reuniões de representantes das várias camadas sociais. Um assunto recorrente é o meio ambiente, pelo qual tem-se feito muito pouco. O que se vê, na verdade, é uma distância entre intenção e gesto.
Poluição é um problema. Todos concordam, porque sofrem seus efeitos. Entretanto, medidas simples, como reciclagem de lixo, uso adequado da água, plantio de árvores, pesca não predatória, combate às queimadas, proteção da camada de ozônio deveriam fazer parte de ações individuais e coletivas, mas em direção das quais poucos se predispõem a dar o primeiro passo. Ações como essas, que nos permitiriam uma convivência harmoniosa e respeitosa com a mãe natureza, ficam só no discurso (cortam-se árvores simplesmente porque fazem sujeira).
Nós interferimos no curso da natureza e ela nos cobra. Agir para uma educação eficiente, erradicar a miséria material e moral, exigir dos nossos representantes postura mais efetiva são coisas que devemos fazer com urgência.
Estamos enfrentando desafios de viver no século XXI. Vamos lutar, mas não com as armas que conhecemos nas mãos dos fora da lei. Combater o bom combate, como diz o Apóstolo dos gentios Paulo de Tarso. Vamos usar nossa voz, nossa indignação, soltar o grito oprimido na garganta, através do voto que a democracia nos confere.
Vamos contrariar Rui Barbosa e queira Deus que ele possa, onde estiver, descansar tranqüilo e não mais sentir vergonha de ser honesto.
Reflexão: Deus perdoa sempre, o homem perdoa às vezes. A natureza não perdoa nunca.