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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Praça XV de Novembro

Texto de D. Mariângela J.P. Gomes

Coreto da Praça XV de Novembro, Rio Claro/SP

Rio Claro, Terra dos Indaiás, Cidade Azul, que viu nascer minha família. 
Suas ruas centrais calçadas com paralelepípedos, ao passar do tempo revestiram-se de asfalto. 
Meu jardim público, meu bosque encantado, localizado na Praça 15 de Novembro, entre ruas três e quatro e avenidas dois e três. Árvores frondosas oferecendo sombras aprazíveis,  ar puro e perfumes suaves à adultos e crianças que deliciam-se com seu encanto e beleza. 
Tenho oito anos, descalça percorro este espaço mágico sentindo o frescor desse ar delicioso subindo nos meus pezinhos. Meus sapatinhos? Deixei-os debaixo do banco defronte ao coreto, onde aos domingos ouvimos  à noite a retreta pelos músicos da banda.Como é bonito! Adoro  ver e ouvir os músicos tocando. 
Continuo caminhando a procura de folhas que caem dos galhos das árvores. Encontro muitas, cada uma com sua cor e formato que lhe é peculiar. Já tenho o suficiente, os palitos também  para uni-las. Tudo preparado. 
Oba, que bom! Minha amiguinha Wilma chegou, vamos aprontar nossas fantasias de índio! De tanga e cocar, adentramos à floresta, batendo com a mão na boca emitindo ah ...ah ...ah...fazendo o maior ruído, vamos correndo na maior euforia. 
Agora somos índios! Tupi - Guarani? Pode ser! A correria continua : ah...ah...ah... 
Paramos algumas vezes debaixo de árvores gigantescas, nos sentindo pequeninas. De repente, vemos um enorme pé de Jatobá  e no chão, alguns deles. O perfume é irresistível. Catamos todos. Não dá para esperar: com uma pedra meio grande vamos batendo até abri-los. Pronto. Sentadas no chão, nos deliciamos saboreando-os ali mesmo. 
A brincadeira continua, só termina quando somos chamadas para voltar para casa. 
O tempo passou muito depressa, mas nunca esqueci do meu majestoso jardim público, onde  podíamos brincar e passear com nossos familiares com tranqüilidade; dos lindos tanques,  da gruta,   do índio com sua fonte luminosa, dos bustos de personalidades  importantes que contribuíram com nosso progresso, do roseiral suspenso que havia pelos lados da avenida três,  do caramanchão “ Caminho da Felicidade” na rua quatro...
E o nosso Anjo da Concórdia? Que lindo! Hoje encarcerado entre grades. Que pena!
Nosso jardim passou por grandes transformações. Continua sendo ponto de referência, nosso cartão postal. Um patrimônio maravilhoso que Deus plantou nesta nossa querida e abençoada Cidade Azul!

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