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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Além das aparências


Pássaros, em geral me atraem pelo canto mavioso ou pela bela plumagem.
Em determinadas horas do dia, posso observar bem-te-vis que vem, com frequência, ao meu quintal. Gosto de ouvi-los quando cantam quase próximo de onde estou, podendo assim melhor admirar a beleza de suas cores vibrantes. Muitas vezes, mal dirijo o olhar para os pássaros mais comuns, que descem até ao comedouro do “Popó”, nosso cachorro, que nem se importa em dividir sua ração com eles.
Isso acontecia até que encontrei um pequeno pardal, o mais comum dos pássaros que, por causa de uma de suas asas machucadas, não podia voar. Observando-o melhor, fiquei admirada com sua beleza. As costas eram lindas, de uma magnífica cor castanha com listras pretas; as asas marrons possuíam encantadora faixa branca, a cabeça era cinza , o peito e o abdômen eram macios e brancos.
Como pés tão delicados os sustentavam num galho, esse passarinho de aspecto tão frágil, durante as ventanias mais forte?
O débil pulsar do seu coração levou-me a traçar um paralelo entre as características de tal ave com as nossas, seres humanos, que muitas vezes julgamos as pessoas pela aparência.
Os ventos frios da indiferença, da insensibilidade, do egoísmo, da violência, do preconceito racial, da injustiça social, da manipulação dos poderosos, não param de soprar e transformam nosso coração em blocos de gelo. Para nos proteger, nos isolamos. Mais do que nunca é preciso aquecer a existência e descongelar o coração, liberar calor humano em forma de afeto, apoio, amor, atenção e outros sentimentos necessários à vida.
Temos o poder de dar significado aos nossos semelhantes. Podemos tirá-los do meio da multidão e ajudá-los fraternalmente. Pessoas caídas, fragilizadas, precisam de uma palavra amiga. Usamos as palavras com tantas imprecisões, com desperdício, que na hora certa, ficamos calados, economizando ternura e elogios sinceros.
A sociedade dos vitoriosos, impedem o acolhimento das pessoas “diferentes”. Define-se quem tem ou não tem importância pelo dinheiro, pela beleza, pelo poder, esquecendo-se de que as aparências enganam.

Texto de Silvia Galvani

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