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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os olhos como sentinelas



Se falarmos aqui sobre nossos olhos , podemos falar de sentinelas treinadas para observar intencionalmente tudo ao nosso redor.
Mas, eu aqui quero lembrar olhos sentinelas dos chamados animaizinhos “irracionais” .
Gosto muito de todos os animais. Observando-os, vejo exemplos e posso aprender , incluindo os bichinhos dos matos e jardins, por exemplo; as formigas com suas tarefas e organização, as aranhas e suas lindas teias.
Em casa eu já tive: tartaruga, cágado, patinho, macaquinho, porquinho da Índia, viveiro de pássaros, além de gatos e cachorros. Lembro-me dos pastores Ringo, Rolf e Dolly,Mambo e Rekka; o boxer Max; dos pequineses Cherry, Charles e Puppi; incluindo muitos viralatas recolhidos das ruas : Nina, Tifi, Cara-Feia, Fofinha e outros. As últimas duas Dachshound ou vulgarmente chamadas “salsichinhas” Trudi e Kika. Além das gatas Chary, Muschi e Mitzi-Mau.
Quando há vários animaizinhos juntos, eles divertem-se entre si. Nos vigiam com seus olhares principalmente na hora das refeições ou quando recebem tratamento.
Mas ...
Há três anos Kika ficou sozinha. Observo como ela convive mais comigo e me observa em meus afazeres. Ela tem quase catorze anos, está bastante lenta pois é cardíaca. Não gosta mais de latir, mas fala com os olhinhos espertos. Quando toca a campanhia, ela vai até a porta e olha para mim aguardando, se eu demoro, ela vem me buscar.
Após minha refeição, se me dirigo para a pia para lavar a louça, ouço : “au au”. Kika está sentada no lugar de seu prato, com o corpo ereto e rígido, feito estátua a me encarar com o olhar fixo até atendê-la. Com certeza ela quer dizer: “e eu, não vou comer?”
Varrendo as folhas no quintal, ela me acompanha. Se cai uma outra folha onde eu já varri, ela vai até a folha, pára, e com olhar fixo me encara até que eu volte para recolher esta folha também. Contente ela se afasta, abanando o rabinho.
Se a noite, quando vou me recolher, não apago a luz do corredor antes de entrar no quarto, ela senta debaixo do interruptor e não entra comigo para dormir. Seus olhinhos me dizem : “Você esqueceu a luz acesa. “
Observando estas atitudes de um cãozinho tão pequenino, me atrevo a afirmar que os olhos de um bichinho “irracional” também atuam como sentinelas.

Texto de Hedi Duarte

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