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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu me lembro

Maria Helena Bufolin Ceccato


Nasci na primeira metade do século passado, mais precisamente em 1949.


Nestes anos vividos vejo que tudo mudou para melhor.

Na década de 50 existiam pouquíssimos carros na cidade, as charretes serviam de táxi. Em frente à estação ferroviária havia até o ponto de charretes, onde tinha uma fonte para os cavalos beberem água.

Até a década seguinte, lembro-me de leiteiros e padeiros fazendo entregas de madrugada. Na avenida Visconde do Rio Claro, que ainda não tinha esse nome, o rio corria a céu aberto e havia pontes de madeira para passagem. As ruas centrais eram de paralelepípedo, portanto as águas das chuvas penetravam no solo pelas juntas destes, e não havia enchentes.

Neste tempo não havia supermercado, as compras eram feitas nos armazéns, onde as pessoas faziam o pedido no balcão, e o balconista ia pegar cada produto. Quase nada era comprado à vista, havia a caderneta onde eram feitas as anotações para só ser pago no dia do pagamento do freguês. Até a palavra freguês desapareceu do vocabulário Nem pensar que havia esta quantidade de marcas e variedade de produtos que existe hoje. Era um hábito de todos os atendentes usar o lápis preso na orelha.

Eram poucas as famílias de tinham televisão, e onde tinha uma, a vizinhança lá se reunia, era a chamada televizinho, a TV da solidariedade. Ninguém reclamava da imagem, hoje quando assistimos a uma gravação daquela época, aquela imagem em branco e preto e toda chuviscada, podemos comparar os avanços da tecnologia.

No final desta década e começo dos anos 70, as ligações telefônicas intermunicipais eram feitas somente com o auxílio da telefonista, e nunca era completada na hora, demorava no mínimo meia hora, para a telefonista completar a ligação.

Para quem quisesse trabalhar em um escritório, saber datilografia era imprescindível, tinha a importância da informática hoje. Na década de 70 não havia computador nem nos bancos. Cada cliente bancário possuía uma ficha onde cada movimento era anotado. Para descontar um cheque ou fazer um simples depósito, tínhamos que enfrentar as intermináveis filas bancárias. No comércio também era assim, os movimentos do crediário eram marcados em fichas manuais, ou até mesmo em cadernos de anotações.

Na área da medicina e odontologia o que caminhava a passos lentos, começou ganhar mais força. A partir da colocação do flúor na água distribuída na cidade, tivemos mais saúde bucal, e os tratamentos também avançaram. Até 1970 até jovens de 20 anos colocavam próteses parciais e até totais por não haver tratamento, ou não terem condições financeiras para tal. Era comum ver pessoas com falhas de dentes, ou dentes maltratados.

O desenvolvimento está se acelerando cada vez mais rápido, e com isso os problemas só mudam de lugar. O consumismo tomou lugar do que antes sentíamos falta.

Por outro lado existe a felicidade de ver que quase todos os lares tem os eletrodomésticos necessários para seu uso. Quase todas as pessoas têm um telefone celular ou mais de um, o que facilita muito a vida de todos. Tornou-se muito acessível adquirir um automóvel, uma casa popular e um computador. Existe também o computador de mão o notebook.

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