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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Recordar é viver

Maria de Lourdes Santos Pinto


Dando tratos à minha memória, veio-me a imagem do Museu do Ipiranga, ícone da História do Brasil.


Ao completar dez anos, ganhei como presente de meu pai a visita deste Museu, o mais antigo da cidade de São Paulo. Foi maravilhosa. Papai era professor, eu e ele fazíamos inúmeros passeios , eu adorava a sua companhia. Ele tinha sempre uma sábia explicação para tudo o que víamos de interessante. E assim aconteceu no Museu. Ele me deu uma aula de História do Brasil muito proveitosa.

Passaram-se os anos, minha infância, minha juventude, mocidade e agora cheguei á idade das recordações, umas tristes, outras alegres, mas todas fazendo parte de minha vida.

Numa manhã, não muito distante, participando de uma excursão á São Paulo, com um alegre grupo de colegas da terceira idade, da Faculdades Claretianas. Partimos de ônibus para uma visita ao Museu do Ipiranga. Eu estava meio ansiosa para chegarmos, pois iria rever, após longos anos as maravilhas do Museu, o mais antigo da capital do Estado, inaugurado em 1895.

Chegamos !

O que meus olhos viram, me causou assombro: uma imensa construção rodeada de belíssimos jardins, muito bem cuidados; são uma réplica dos jardins do Palácio de Versailles,na França. Fiquei maravilhada, “ganhei olhos de poeta” ... “os poetas ensinam a ver”; mas, ver é muito complicado. Cada pessoa enxerga de maneiras diferentes. Há pessoas de visão perfeita e nada vêem.

Outras construções também são vistas: a Casa do Grito, o Monumento da Independencia e a Capela Imperial Leopoldina. O prédio do Museu é majestoso e é dividido em três partes: o subsolo, o térreo e o primeiro andar.

Em cada uma delas existem salas ilustrando partes diferentes da história de São Paulo e do Brasil.

O que mais me chamou a atenção foi o saguão de entrada, lindíssimo. Do lado esquerdo da escadaria de mármore branco há um corredor onde se encontra um carro de bombeiro movido á tração animal, muito interessante. Na ala esquerda estão inúmeros quadros que ilustram o início da história do Brasil, como a primeira Missa e Desembarque de Cabral em 1500.

Finalizando, no primeiro andar, fica o Salão Nobre; ai me deparei com a imensa tela da Independência ou Morte. Esta não me saiu da memória, pois ocupa quase toda a parede da sala. Esta tela foi uma das imagens que ficaram gravadas em minha memória, e após setenta anos, ao vê-la novamente, trouxe-me saudosas recordações da minha infância, quando visitei o Museu com meu saudoso pai. Lembro-me ainda de suas palavras sobre a vinda da corte portuguesa para o Brasil. Ele me narrava a história do Brasil com profundo conhecimento ; eu me encantava em ouvi-lo.

Voltando ao presente, na sequência, faço um comentário ; vale a pena conhecer o Museu do Ipiranga.

Muitas de nossas colegas ainda hoje na Faculdade, tiveram a felicidade de visitá-lo, onde pudemos ver um grande acervo de esculturas, quadros, louças, jóias, peças religiosas e documentos, encantando nossos olhos e ampliando nossos conhecimentos sobre a história da Sociedade Brasileira, entre os séculos XIX e XX.

Aproveitando esta oportunidade, quero prestar uma singela homenagem ao meu pai.

“Papai, que você esteja junto do Pai Eterno!”

“Papai, minhas eternas saudades!”

Você foi para mim ‘’Pai”, “Amigo” e “Mestre”.

Sua filha, Maria de Lourdes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que texto tão bonito e comovente! Eu também visitei o Museu do Ipiranga com meu papai, que há mais de 30 anos partiu. Hoje tenho 71 anos.

Vou sempre visitar esse blogue.

Elisa Carmona