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Uma grande vitória poder divulgar o nosso projeto!
A OFICINA DE LEITURA E CRIAÇÃO LITERÁRIA
3A. IDADE CLARETIANAS FOI UM DOS PROJETOS SELECIONADOS PARA APRESENTAÇÃO NO III FÓRUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E DA LEITURA E NO III SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS, EM AGOSTO DE 2010.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sucessão inesgotável de lembranças

Antonio Moreira

A vida é uma sucessão inesgotável de lembranças - um eterno "EU ME LEMBRO". Daí, a validade do título desse trabalho, eis que intimamente ao que temos mais valioso, que é a memória.
E tudo é belo, quando as coisas de que lembramos nos dão alegria, prazer, emoção, tais como: a infância, nossos pais, nossos avós, o afeto e o carinho deles em relação aos filhos e netos e aos parentes mais distantes. As pequenas e grandes vitórias pessoais de todos nós, a partir das notas do colégio. O cair da tarde, o cultivo do BEM, para os quais diária e constantemente nossos pais nos chamavam a atenção. A solidariedade de modo geral e particular, os pequenos e grandes adeuses, os passeios às casas dos amigos e parentes, a comidinha feita por nossas avós, o encontro com os primos, que são irmãos de sangue. O declamar de poemas na escola, na forma orientada pela professora - eu me lembro de todas as professoras. Eu me lembro que meu pai gostava de ouvir o cantor AUGUSTO CALHEIROS, principalmente quando ele cantava " CAI A TARDE TRISTONHA E SERENA, EM MACIO E SUAVE LANGOR" Esta última palavra despertou-me a curiosidade, e muito cedo descobri que langor é originário do Latim - languor -, e em portuuês quer dizer moleza, falta de ânimo, indulgência, complacência, etc. Eu me lembro, com saudade e carinho, das tardes dançantes, na Casa do Estudante, no Rio, realizadas num salão bonito e simples, em ambiente familiar, "fiscalizado" por uma senhora importante e educada.
Ela conhecia todas as meninas e meninos. Todos cumprimentávamos aquela senhora, com respeito, que passava à admiração. Sua "atuação" era tão grande, afetiva, que qualquer namorinho tinha de passar pela aprovação dela, que era um amor de pessoa.
Era tudo muito lindo, muito puro, ingênuo mesmo, creiam-me. Daqueles momentos eu me lembro e me membrarei para sempre, eis que imorredouros.
Por não cultivar passado sombrio, triste ou revoltante, faço o possível, segundo minha frágil condição humana, para não cultuar ódio, mas acontecimentos sadios, os quais, com imenso prazer, EU ME LEMBRO!

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